Pills For Insanity - Um modo de vida

Ola Terrestres!

Poderíamos começar a dizer "Ah então fiz um blog para me sentir um ser repleto de qualidades amadas pela sociedade hipócrita em que vivo, pelo que vou dizer aquilo que todos querem ouvir e tornar-me uma cópia de tu, ele, ela, eles, elas, nós e vós..."
Infelizmente, hoje em dia, o ser diferente não é sinónimo de ser fixe mas de ser "esquisito"...
Nós mandamos os preconceitos com o caralho e epa a sinceridade que aqui anda, tornou o nosso blog, uma comédia gratuita.
Então, acima de tudo é cagar pra geração morangos com açucar e pro "totil fixe esse teu look de calças a 100euros que rasgas de propósito para o ar cool"
Ser miserável rula, é ter calças rasgadas porque nos espalhamos ao comprido ou rotas porque não temos a naftalina no combate à traça. Ser miserável era o ontem, o não se pentear, o usar a primeira tshirt que aparece no chão ou em cima da cama (só convém dar uma cheirada para ver se o odor é tolerável e pros outros se aguentarem ao pé de nós). É ouvir aquela música, não porque tá na moda, mas porque é algo muito superior, muito real. É comer, beber, sujar-se, arrotar, ser fiel a si mesmo e não ser amigo dos ditos "indivíduos que são bue da cena" só para parecer cool. É sermos como somos e aceitarmos essas diferenças. É o ser único, nem que muito parvos mas acima de tudo, é gostar de ser diferente.
Just for the record!



"Who are you to wave your finger?
You musta been out of your head!
You musta been… so high!"





Camões do Século XXI

Palavras para quê!



QUESTÃO : INTERPRETAR O SEGUINTE TRECHO DE POEMA DE CAMÕES :

Numa prova de entrada para a Universidade...

Questão: Interpretar o seguinte trecho de poema de Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer".


Uma aluna deu a sua interpretação:

"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
tomarias uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.

Comprarias um computador,
consultarias a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,

esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!"



Teve nota máxima. Foi a primeira vez, depois de mais de 500 anos, que alguém entendeu qual era a ideia do Camões...

Regresso à Escola Preparatória

Na semana passada cruzei-me com um amigo da Escola Preparatória durante uma viagem de comboio. Há duas coisas que me chateiam sobremaneira nas pessoas que se sentam à minha frente nos transportes públicos. A primeira é o facto de nem sempre ser uma gaja boa e logo a seguir (a close second) é ouvir alguém a escrever mensagens no telemóvel com o som das teclas activo. Faço um apelo à Mãe Natureza para ter mais atenção a este pormenor. A extinção é uma palavra por vezes menosprezada.
No entanto, e apesar de não ser uma gaja boa, a viagem com o meu amigo até foi agradável.

Nesse dia, por momentos, voltei aos tempos da primária e da preparatória, o que para além de nostálgico, mostrou-se revitalizante pelo facto de relembrar alguns amigos.
Nunca mais tivemos notícias de algumas personagens, como é o caso da Fátima Fanta. Já não me lembro se o apelido dela era da parte do pai ou da mãe. Do pai não devia ser, caso contrário o nome seria Fátima Super Bock. A Fátima Fanta não era muito feliz no desempenho escolar, para ela a capital de Portugal era Espanha e um exemplo dum animal com escamas era o morcego. A coisa mais positiva na rapariga era a grande disponibilidade que demonstrava para fazer de almofada no jogo “Aí vai aço”.

Lembro-me que na primeira celebração da Lição nº 100 todos levámos Ruffles, La Chispa de laranja (sumo célebre, mais barato que a própria água) e bolos Dan Cake. A Fátima surpreendeu tudo e todos quando abriu um tupperware com feijoada.

O pai da Fátima, Abel de seu nome, era lavrador de profissão e bêbado de vocação. Tinha uma mota com atrelado para transportar couves e costumava cair a um campo devido a uma recta muito perigosa. Talvez os 300 metros do alinhamento recto da estrada provocassem sonolência. A verdade é que os acidentes naquela zona ainda hoje são muito frequentes, não só pelo pai da Fátima como também por outros A.G. (Amigos do Garrafão). Uma vez um deles caiu a um campo de milho quando ia de bicicleta. O pormenor mais surreal é o facto de no momento da queda o homem levar a bicicleta à mão. Ao que se sabe a vítima do acidente havia trauteado horas antes no tasco da zona, que sabia falar Inglês em 3 línguas diferentes.

Outra das pessoas da qual perdemos o rasto foi o António Miguel. O Miguel era daquelas personagens cujo processo de evolução cognitiva tinha estagnado aos 5 anos. Na primária todos tínhamos um caderno de segredos onde colocávamos as respostas às perguntas mais pessoais que a professora fazia. Um dos temas propostos numa aula foi, “o que quero ser quando for grande”. O António Miguel, viciado na altura no Jurassic Park, escreveu:
“Quando for grande quero ser um Dinossauro ou então o rato Mickey. Se não conseguir ser nenhum gostava de ser astronauta.” Nunca mais ouvi falar do rapaz mas espero que tenha realizado um dos sonhos, até porque a ESA está a precisar de astronautas.
Uma das coisas que mais me traz saudades é mesmo a celebração da Lição nº 100. Lembro-me que no 5º ano festejamos a Lição nº 25 a Religião e Moral. Toda a gente tirava 5 àquela disciplina, até o Alexandre que insistia em assinar os testes como Jim Morrison. Uma vez o prof. de Moral teve a brilhante ideia de dizer que a masturbação era uma doença. A partir desse dia, em todas as aulas, fazíamos questão de dizer, com um sorriso malicioso na cara, que andávamos muito doentes.

Religião e Moral era uma disciplina cuja inscrição tinha como único pretexto fazer visitas de estudo. Lembro-me que numa dessas visitas fomos a Fátima e a fé revelou-se mal o Elói viu na cama de um dos pastorinhos um montão de moedas oferecidas por peregrinos. É óbvio que ele aproveitou logo para encher os bolsos do Kispo do fana. Esta peça de roupa adquiriu o célebre apelido “fana” devido ao enorme número de bolsos que continha, o que permitia ao Elói fanar grandes quantidades de material. Na paragem seguinte que fizemos, esvaziámos um dos bolsos do Kispo e comprámos uma revista pornográfica na estação de serviço. Meia hora depois já a prof. de Ciências tinha descoberto a revista, mas quem ficou com as culpas foi a outra turma, a do Abílio.

Na Escola Básica havia um clube de rádio do qual eu fazia parte. Nos intervalos das aulas aproveitávamos para fazer dedicatórias de músicas. Quem quisesse dedicar uma música à namorada ou à rapariga de quem gostasse, bastava pagar 20 escudos. Às vezes o preço subia para 35 dependendo da nossa fome. Os lanches custavam 35 e os pães com manteiga 20 paus. Lembro-me que o Abílio uma vez foi à cabine de som para dedicar uma música à rapariga de quem ele gostava. O Abílio tinha marcado o golo da vitória contra a nossa turma no torneio de futebol e a memória ainda estava bem viva. Quando lhe perguntámos que música é que ele queria dedicar ele respondeu com um simples, “metam qualquer coisa romântica…” Acho que nunca na vida me vou esquecer da cara dele quando depois de se ouvir no polivalente “a próxima música é dedicada à Joana com muito amor do Abílio” ao som da música La Cabra.

O nosso professor de Educação Visual era quem mais falava connosco sobre música. Numa das conversas em off-record ele confessou ter mandado a primeira pranchada numa gaja ao som da Riders on the storm dos Doors. A partir desse dia, sempre que o professor Feijão entrava no polivalente ouvia-se o ruído inicial da chuva e dos relâmpagos dessa música. Ao mesmo tempo, nós fazíamos com o braço o gesto universal que os putos usam para a palavra “foder” e gritávamos, “Oh setôr, riders on the storm!!” Acho que a imagem da cara dele naqueles momentos, era perfeita para colocar ao lado da palavra “arrependimento” no Dicionário Ilustrado da Porto Editora.

Por acaso o professor Feijão era grandioso, tirando o pormenor de lamber o indicador para virar a página dos livros. Por vezes até lambia o indicador da mão direita e virava a página com a mão esquerda. Estava a pensar fazer uma nova sondagem no blog e o referendo que vos coloco hoje é este:
Por que é que há gajos que lambem o dedo para virar a página do jornal?
(Update - Sondagem encerrada)
a) Porque pensam que é grande cena; 15%
b) Porque nasceram antes de 1975; 25%
c) Porque masturbaram a namorada horas antes. 60%
Pessoal, aqui vos deixo o que é para mim, a mini-série que melhor ilustra o Black Metal nos dias que correm :


PARTE 1




PARTE 2




PARTE 3

Conversas de MSN Parte VII

AmeixaZ diz:
consegues manter-te sério perante uma situação de flatulência vaginal?

Spooks diz:
que merda é essa?

AmeixaZ diz:
foda-se não sabes o que é o peido de cona?

Spooks diz:
ah! pões-te com esses termos científicos! nunca me aconteceu essa cena...

AmeixaZ diz:
vê-se mesmo que andas numa faculdade privada

Spooks diz:
então porquê?

AmeixaZ diz:
primeiro por teres tirado notas merdosas a português no secundário

Spooks diz:
lol nada a ver... já agora e segundo?

AmeixaZ diz:
segundo porque pelas estatísticas as gajas das privadas têm o pito mais folgado

Spooks diz:
não sei se sabes mas a minha irmã anda na católica

AmeixaZ diz:
lá está...

Spooks diz:
pró caralho! muda mas é de assunto que isto já parece as merdas do teu blog

AmeixaZ diz:
acho que vou meter esta conversa lá

Spooks diz:
lol não vais nada

Fico FODIDO...

Fico fodido quando tenho uma erecção e a parte da pele mais sensível do Zé fica colada ao tecido dos boxers;
Quando ao fazer zapping apanho com o preto do Êxtase na SIC e ao mudar de canal, para fugir da tortura, apanho com a Júlia Pinheiro na TVI;
Quando fodo as unhas para abrir um pistacho (mais fechado que a greta da Rosa Mota) e depois do esforço vejo que o pistacho está podre;

Quando me peido no elevador e ele pára repentinamente para entrar uma gaja boa;
Quando me cruzo na rua com a Dina do “Festival da Canção” e ela recusa-se a cantar "Peguei, trinquei e meti-te na cesta";
Quando o Porto ganha um jogo amigável;
Quando chego a casa depois de um longo dia de aulas e tenho faneca frita para jantar;

Quando me enviam testes de QI para o mail em vez de pornografia;
Quando um gajo desconhecido tenta adicionar-me no hi5;
Quando ouço uma figura pública dizer “tênhamos” em vez de tenhamos;
Quando gozam comigo por um dia ter dito que a Serenella Andrade ainda ia ao castigo;
Quando me perguntam se pode ser Pepsi;

Quando o Pacheco Pereira fala de assuntos dos quais notoriamente não tem conhecimento;
Quando a Ana Malhoa fala;
Quando abro o pornotube num pc do ISEP e a página não está previamente definida como "Straight only";
Quando me perguntam se gosto dos The Gift;
Quando amigos confessam-me saber apreciar gajos e esperam que eu diga o mesmo;
Quando me falam de pessoas que não conheço referindo-se a elas pelo seu nome próprio ("logo à noite o Gustavo não pode ir");

Quando começa a dar o "opening theme" do Pulp Fiction num bar e ouço alguém comentar que a versão dos Black Eyed Peas é mais fixe;
Quando penso, "A esta hora deve estar a dar Conan O'Brien" e depois vejo que afinal está a dar Wrestling;
Quando vejo a foto da Vanessa Fernandes nos outdoors das paragens de autocarro só por ser uma atleta de valor inquestionável;

Quando ao fazer as contas verifico que uma gaja de 18 anos tem que ter nascido em 1990 e não em oitentas e;
Quando vou à baliza e perco uma partida de matrecos com um auto-golo por me ter armado em vedeta;
Quando estou impaciente à espera duma mensagem dela, e recebo uma do Pedro Oliveira a dizer que está a dar o “Máquinas de Guerra” na RTP1;

Fico fodido por já não me poder masturbar à pala da Bárbara Guimarães sem me lembrar inevitavelmente do José Maria Carrilho;
Fico fodido pelo facto da Maria João Abreu dizer “Ó troilaré, ó troilará” em todas as peças de teatro que participa;
Fico fodido por me perguntarem se na vida real sou como o gajo do blog;
E fico ainda mais fodido só de pensar que amanhã tenho que acordar cedo e estou aqui a escrever esta merda de post.